(Leia sobre o Mito de Pandora clicando aqui!)
E para finalizar meus posts especiais sobre Mitologia, trago hoje "A Oresteia", de Ésquilo.
Todas as tragédias gregas,
originalmente, foram escritas como trilogias. Porém a única que sobreviveu, até
a contemporaneidade, com suas três partes igualmente preservadas, foi a tragédia
escrita por Ésquilo, “A Orestéia”, dividida em “Agamemnon”, “Coéforas” e “Eumenides”.
O mito que eu resolvi explorar hoje faz parte da terceira parte desta tragédia.
A tragédia “A Orestéia”, como um
todo, cumpre um papel quase didático em um momento no qual a democracia e a
justiça ainda eram novidades na Grécia. A peça traz referências bastante claras
deste momento de transição: da justiça feita com as próprias mãos versus o novo
sistema judiciário, que já era, basicamente, o que conhecemos e usamos até
hoje.
- O Voto de Minerva
Depois de dez longos anos lutando
na guerra de Tróia, o rei Agamemnon, enfim voltava para casa. Porém, assim que
chegou a seu palácio, Agamemnon foi friamente assassinado por sua esposa, a
rainha Clitemnestra, que estava o traindo com seu próprio primo, Egisto.
Clitemnestra hesita antes de matar Agamnenon dormindo. Ao seu lado, Egisto a incita para que o execute. - Pierre-Narcisse Guérin. |
Seguindo a tradição grega, que
dizia que o filho sempre devia vingar a morte do pai, Orestes mata sua própria
mãe. Porém havia outra tradição grega que dizia que um filho jamais deveria
matar sua própria mãe, e logo que ele a mata, passa a ser perseguido pelas “Eumenides”.
As Eumenides, também conhecidas
como “Fúrias” ou “Erínias” eram três deusas encarregadas de punir criminosos, especialmente
aqueles que tivessem cometido crimes consanguíneos. Orestes, desesperado, apela para
o deus Apolo, e este acaba atuando como um verdadeiro advogado, defendendo sua
inocência.
O Remorso de Orestes - William-Adolphe Bouguereau |
A deusa Atena, conhecida por seu
senso de justiça, resolve julgar o caso. É criado naquele momento o modelo de justiça
como conhecemos hoje.
Atena preside o julgamento, Apolo
é o advogado de defesa de Orestes, e as três “Fúrias” são as acusadoras. O caso
é julgado diante de um júri formado por doze cidadãos atenienses. Na hora de
revelar o veredicto, a votação termina empatada. Atena, então, profere sua sentença,
dando o voto decisivo, (ou o famoso “voto de Minerva” - nome pelo qual a deusa
era conhecida em Roma), e declarando, assim, Orestes inocente.
E assim finalizo essa grande viagem pela Grécia e Roma Antiga! Espero que tenham gostado e se divertido tanto quanto eu! :)
Um comentário:
Nossa Cris!!
Incrível esse mito!
Adorei!
Bem, amei essa viagem pela Grécia e Roma Antiga!
Parabéns pelo lindo trabalho!
Bjs,
Postar um comentário